A ANP-STP, realizou no passado 27 de junho na sala de conferências do Hotel Praia a primeira conferência sobre os “desafios e perspetivas’’ do sector petrolífero em São Tomé e Príncipe. Tomaram parte neste evento, os principais órgãos de soberania nacional, mormente o Presidente da República, o Primeiro-ministro e a Presidente de Assembleia Nacional. Estiveram de igual modo presentes a mais alto nível todas as empresas petrolíferas que operam no país, o representante do sistema das Nações unidas, bem como as diversas direções do poder público.
Diversos foram os temas abordados, dentre os quais, o regime aduaneiro, o regime fiscal, o papel e os desafios da ANP-STP enquanto Entidade Reguladora, perspetivas do sector petrolífero em STP, entre outros.
A conferência foi aberta pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova que felicitou a direção da ANP-STP e a sua equipa pela iniciativa e deixou um apelo sobre necessidade de se encontrar um meio termo para flexibilizar a indústria petrolífera em STP, “o excesso de burocracia mata o negócio, a banalização da burocracia, também mata o negócio, por isso devemos sempre encontrar um meio termo, um equilíbrio, para que não haja bloqueio nesta indústria”.
No seu discurso de abertura, o Presidente da República Carlos Vila Nova apelou a prudência e a necessidade de contenção e controlo de expectativas em relação ao dossier Petróleo «reconheço que as expectativas em geral são altas pelo que gostaria de apelar mais uma vez ao controlo emocional de todos e focar os nossos pensamentos e ações no bem-estar de todos os são-tomenses».
O Primeiro Ministro, Patrice Trovoada que participou num dos painéis, começou por felicitar a ANP-STP pela iniciativa e pela comemoração do seu vigésimo aniversário, em seguida sublinhou que a situação atual da indústria petrolífera no país é de grande otimismo “nessa história entre o sonho e até realismo, eu acho que nós não estamos mal. Estamos bem, leva tempo, mas estamos a caminhar com os passos certos”. Contudo, no seu discurso de encerramento apelou a calma e ao realismo, descartando a ideia de que o petróleo seja uma tabua de salvação, mas sim um bónus “nós estamos a contar com o turismo, com cacau, com a pesca o petróleo é um bónus, nós não estamos de facto focalizados que tudo vá depender de petróleo”.
Importa frisar que a realização desta conferência, se insere na realização de um conjunto de atividades alusivas a comemoração do vigésimo aniversário da institucionalização da ANP-STP, em 30 de junho.